O objectivo desta proposta é usar as actuais potencialidades da ciência na área da clonagem humana para ultrapassar a infertilidade em mulheres com problemas nas mitocondrias dos óvulos, um problema que afecta uma em dez mil pessoas.
As mitocondrias são estruturas localizadas fora do núcleo das células que contêm muito pouco material genético e que têm a função de servir de bateria para permitir que as células obtenham energia essencial ao seu funcionamento.
Se as mitocondrias funcionarem mal podem dar origem a muitas doenças. Caso seja aprovada, a nova lei poderá tornar comum a formação de embriões a partir do núcleo de um óvulo de uma mulher, a mitocondria de uma outra mulher doadora e o esperma de um homem, um procedimento que até agora tem sido desenvolvido em laboratórios.
Novo método
Ao óvulo com uma mitocondria 'saudável' de uma doadora seria retirado o núcleo, onde está localizado quase todo o ADN, que seria substituído pelo núcleo da célula da verdadeira mãe.
Assim, depois da fertilização deste óvulo híbrido com um espermatozóide, o bebé teria metade dos genes do pai e metade dos genes da mãe, mas com as mitocondrias de uma outra pessoa.
Técnica poderá evitar doenças incapacitantes
Cientistas que já desenvolvem pesquisa nesta área, contactados pelo jornal The Independent, manifestaram-se optimistas com a possível nova lei, assegurando que a técnica permite no futuro evitar doenças incapacitantes em milhares de crianças, como a epilepsia, diabetes e lesões fatais em órgãos.
Os especialistas admitiram que, se a lei for aprovada, esta técnica poderá ser comum dentro de dez anos. No entanto, segundo o jornal, conseguir estes resultados não vai ser assim tão fácil, porque os grupos cristãos e ligados à bioética preparam-se para lutar contra estes progressos na aprovação legal da genética humana, contestando aquilo a que chamam "ciência Frankenstein".
Retirado de:http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/20071119+Bebes+com+duas+maes.htm
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1 comentário:
Bem, realmente este novo método levanta problemas de ordem ética, mas eu acho que vale a pena tentar levar isto avante. Se a ciência conseguiu descobrir uma forma de evitar algumas doenças, porque não desenvolvê-la? Porque não tentar usá-la?
Na minha opinião, se a mãe e o pai concordam e existe uma dadora, tudo deve ser feito para tentar melhorar a qualidade de vida do futuro filho, afinal estamos a falar da sua saúde!
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